Exposições Potenciais

Introdução: para além do conteúdo das publicações e normas vigentes

1. O que recomendam as atuais publicações?

Apesar de algumas publicações da CIPR recomendarem que a exposição potencial deve ser tratada juntamente com a normal, em sua publicação 76 a CIPR assume que em grande parte das situações isso não é possível, uma vez que a exposição normal toma por base os limites laborais, enquanto na exposição potencial devem ser consideradas as doses mais elevadas do cenário.

2. O que diz a publicação 76 da CIPR?

A publicação 76 da CIPR, em sua seção 62, traz a seguinte consideração:

“Os métodos para a otimização da radioproteção variam do simples bom senso à técnicas quantitativas complexas (ver publicações 37 e 55; CIPR, 1983; 1989). A otimização da proteção às exposições potenciais, continua em grande parte, sem solução, especialmente quando as probabilidades são pequenas e as consequências são grandes (NEA/OECD, 1995) . Embora este relatório equacione conceitualmente os riscos advindos das exposições normais e potenciais, é difícil a otimização formal simultânea da proteção contra os dois tipos de exposição. Entretanto, o uso de dispositivos de proteção contra exposições potenciais, de acordo com o que foi esboçado aqui, já inclui um elemento de otimização. Além disso, o risco referência utilizado neste relatório, corresponde ao risco associado às doses laborais mais elaborada em uma operação otimizada e não ao risco associado a uma dose no limite de dose laboral. Também, a proteção ótima contra exposições potenciais não é necessariamente alcançado no mesmo valor de risco da proteção ótima contra as exposições normais. Isso porque os custos da redução dos riscos advindos de exposições normais e potenciais podem ser bastante diferentes.”

3. Que recomendações específicas fornece a publicação 76 da CIPR?

Embora a publicação 76 reconheça que esses dois temas deveriam ser tratados separadamente, não fornece recomendações específicas. Pretendemos, neste trabalho, empreender uma pesquisa que possibilite introduzir as exposições potenciais de maneiramais quantitativa do que o fazem as recomendações internacionais e as normas nacionais, disponibilizando ao público (tanto instalações quanto pesquisadores) a noção dos cenários envolvidos nesse tipo de exposição.

 

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