Monitoramento das Radiações Ionizantes

Exposição interna e monitoramento interventor

1. Em que casos se torna necessário um monitoramento interventor para a exposição interna à radiação ionizante e que testes simples podem ser efetuados para a verificação desta necessidade?

  • Quando os resultados do monitoramento do local de trabalho indicam que podem ter ocorrido incorporações apreciáveis.
  • Quando os trabalhadores forem envolvidos em incidentes com incorporações apreciáveis de material radioativo.

Testes simples de verificação da necessidade do monitoramento interno interventor podem ser realizados por medidas de contaminação na pele, na roupa e no muco nasal

2. Que vantagem possui o monitoramento interno da radiação ionizante com função interventora e o que a CIPR informa a respeito?

A vantagem é que possibilita o estudo do metabolismo humano dos radionuclídeos e a CIPR informa que:

  • Neste caso justificam-se valores de atividade menores daqueles de interesse direto no monitoramento individual interno.
  • Este tipo de estudo deve ser encorajado.

Há dois métodos de medida, no monitoramento das exposições internas provocadas pela radiação ionizante, com função interventora.

  • In vivo, é a avaliação dos radionuclídeos presentes no corpo ou nos tecidos por medidas externas.
  • In vitro, é a análise de excretas ou amostras de fluídos do corpo.

3. Do que depende a escolha do método de medida no monitoramento das exposições internas provocadas pela radiação ionizante, com função interventora?

  • Depende das radiações emitidas pelo contaminante. No caso da radiação X e gama as medidas são in vivo mas no caso das demais radiações são in vitro, ainda que seja possível in vivo pela análise de bremsstrahlung, isto é, radiação de frenação
  • Da facilidade de acesso ao serviço de monitoramento;
  • Do serviço de monitoramento individual interno ser centralizado pois pode ser mais fácil enviar amostras para análise do que trabalhadores para o local onde se encontra o equipamento de medida.

4. O que deve ser considerado na interpretação do monitoramento interno com função interventora?

  • Que os métodos de interpretação são, basicamente, iguais àqueles do monitoramento com função de rotina
  • Que, geralmente há um número maior de informações acerca do tempo e modo de incorporação e da forma física e química do material radioativo.
  • Que, quando existentes, devem-se usar dados metabólicos individuais para o cálculo de:
    • Doses equivalentes comprometidas nos órgãos e tecidos individualmente;
    • Doses comprometidas efetivas para comparação com os limites primários
  • Que não há necessidade de se usar dados do homem referência
  • A confiança na estimativa final da quantidade de material radioativo no corpo ou a dose equivalente no tecido deverá repousar em todos os resultados do monitoramento disponível, tanto individuais como do local de trabalho.

 

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