Monitoramento das Radiações Ionizantes

Acurácia

1. De onde se originam os erros observados no uso do monitoramento da radiação ionizante para fornecer as estimativas das doses individuais?
 

  • Nas medidas
  • Nos modelos associados com as medidas, e
  • Nas grandezas físicas necessárias.

As categorias gerais nas quais podem situar-se os erros que contribuem para a incerteza total no monitoramento da radiação ionizante são:

  • Erros aleatórios na medida, por exemplo: estatística de contagem;
  • Erros sistemáticos nas medidas, por exemplo: erros de calibração;
  • Erros, principalmente sistemáticos em modelos dosimétricos e metabólicos, por exemplo: incertezas nos dados metabólicos.
  • Erros, principalmente sistemáticos, mas nem sempre consistentes no uso de modelos, por exemplo: padronização nas características físicas e químicas de um radionuclídeo inalado.

2. Quando as indivíduos são expostos à radiações ionizante por longos períodos de tempo e desta maneira a avaliação das doses passa a estar baseada em um determinado número de medidas realizadas durante estes períodos o que ocorre com os seus erros?

  • A probabilidade de erros aleatórios é reduzida pelas múltiplas medidas.
  • Os erros sistemáticos nos modelos resultam em uma propensão no sentido de sobre estimar a dose verdadeira para as múltiplas avaliações.

Observação:

Quando existem boas condições de laboratório são observadas para as medidas de campos de radiação uma acuraria de 10% num nível de confiança de 95%.

3. Quais são os problemas encontrados e que ocorrências são observadas no monitoramento da radiação ionizante para as medidas realizados no local de trabalho?

Problemas encontrados:

  • Os espectros de energia e a orientação dos campos de radiação não são conhecidos.
  • As incertezas observadas em uma medida feita com dosímetro individual serão muito maiores.
  • A não conformidade e a incerteza dos campos de radiação introduzirão erros no uso de modelos padronizados.

Ocorrências observadas:

  • Para fótons, na estimativa da dose efetiva ao redor do limite de dose anual pertinente, podem ser observadas incertezas dentro de um fator de 1,5 em cada direção com um nível de confiança de 95%.
  • Para elétrons e nêutrons de energia desconhecida as incertezas totais podem ser bem maiores.
  • Para todos os tipos de radiação com doses efetivas pequenas as incertezas são maiores.

4. Em que efeito no monitoramento das exposições internas da radiação ionizante as incertezas totais nas doses registradas tem probabilidades de serem maiores do que aquelas apresentadas para as exposições externas?

Foi observado no tempo de distribuição da incorporação. Alguns exemplos:

  • No monitoramento de rotina, este tempo raramente é conhecido.
  • O modelo padronizado considera que este tempo é adequadamente representado por uma única incorporação ocorrida na metade do período entre duas amostragens sucessivas e se considera ser uma boa suposição para incorporações uniformes contínuas e para incorporações aleatórias freqüentes.

5. Com relação aos erros cometidos, qual é a freqüência das medidas em um programa de monitoramento de radiação ionizante? A que valores podem chegar os erros e em que casos?

A freqüências das medidas é escolhida para evitar erros maiores do que um fator 3.
Para programas de monitoramento simples este erro pode predominar, como por exemplo para o 131I ou o trítio sob forma de óxido.

Para programas menos simples, outras incertezas podem aumentar o erro total em um valor de aproximadamente uma ordem de grandeza, como por exemplo, no caso do plutônio insolúvel.

6. Em virtude de, na prática, raramente ser possível estimar a dimensão dos erros em um programa de monitoramento da radiação ionizante o que recomenda a CIPR?

  • Para o monitoramento de rotina o uso da “melhor estimativa” para os valores e os modelos.
  • Para os monitoramentos com função relacionada à tarefa e interventora o uso de modelos não padronizados podem ser mais apropriados.

 

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