Programas de Otimização

Mudança de filosofia para o critério alfa: função variável baseada na dose individual máxima

Os diferentes valores de alfa nos processos de otimização da proteção radiológica determinam a velocidade e decréscimo das doses individuais. Maiores valores de alfa exigem um menor número de processos de otimização para se alcançar a região aceitável das doses individuais.


Conflito antevisto entre os diferentes valores de alfa de cada país e o risco à saúde associado a cada prática envolvendo radiação ionizante:

risco associado a cada prática que envolve a radiação ionizante e a finalidade do valor alfa, que é o decréscimo das doses individuais a valores aceitáveis, são os mesmos em qualquer parte do mundo e portanto não justificam a pletora de valores alfa.

Fatos desfavoráveis introduzidos atando o valor de alfa constante ao produto bruto anual, PBA, per capita:

A restrição de dose de cada prática ou classe de trabalhadores admite diferentes valores para cada país em função do valor alfa adotado e portanto diferentes velocidades de decréscimo das doses individuais em função do tempo. Este fato pode produzir conflitos legais internacionais como, por exemplo, em uma permuta de trabalhadores. Se o trabalhador de uma instituição vai para outro país onde a restrição de dose é maior do que aquela do próprio país e se ele adquire um câncer durante o seu período normal de trabalho, em uma ação judicial a primeira pergunta que será feita ao empregador deste trabalhador será:

Por que o empregado foi enviado para um país que não fornece as mesmas condições de proteção que são oferecidas no nosso país?

Fazendo uso da equação dY/dSE,c = α  e a probabilidade de morte fornecida pela CIPR, qualquer um pode calcular o custo da vida humana de seu país, contrariamente ao que a CIPR e o OIEA preconizam.

Para evitar os fatores desfavoráveis introduzidos pela determinação do valor alfa constante atado ao produto bruto anual per capita, os autores do presente trabalho sugerem modificar o valor alfa constante para um valor alfa variável função da dose efetiva máxima dos envolvidos que vai representar a distribuição das suas doses individuais e utilizar as técnicas de custo-benefício baseadas nas derivadas da curva que melhor descreve os custos dos detrimentos provocados pelas opções disponíveis.

Os autores do trabalho sugeriram para o valor alfa uma função da dose efetiva máxima e o uso de sua derivada. Utilizaram o exemplo da pequena mina de urânio da publicação nº 55 da CIPR aplicando a técnica de análise de custo-benefício expandida e a dose individual máxima foi dividida em cinco valores.

As doses efetivas individuais máximas foram divididas em quatro intervalos e para descrevê-los foram utilizadas as seguintes equações: constante, linear, quadrática e exponencial.

Os autores julgam que a curva que descreve o valor alfa deveria ser escolhida pelo OIEA ouvindo os países membros e como base deveriam considerar o tempo desejável para se alcançar a região aceitável das distribuições das doses individuais.

Com a proposta do valor alfa ser uma função contínua da dose efetiva individual máxima, os autores chegaram às seguintes conclusões:

  1. Que a distribuição das doses individuais será sempre um fator a ser considerado contrariamente ao que pressupõem as técnicas de análise custo-benefício diferencial e integral.
  2. O uso das derivadas do custo de proteção anual vinculadas a uma curva em função do valor de alfa demanda pouco trabalho com relação ao valor alfa constante quando se aplicam as técnicas de análise custo-benefício tanto diferencial quanto integral ou expandida.
  3. Os riscos associados às práticas envolvendo a radiação ionizante e o objetivo final de decrescer as doses efetivas anuais a valores desejáveis são os mesmos em qualquer lugar do planeta e portanto, em termos globais, deveria existir uma uniformidade internacional na filosofia adotada para descrever estas doses.

 

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