Exposições Potenciais
Agregação dos componentes de risco
Forneça uma vantagem óbvia e desvantagem mais grave na agregação dos componentes de risco.
- A vantagem óbvia é agrega-la a uma grandeza física com somente uma dimensão, pois é um indicador simples do malefício potencial.
- A desvantagem mais grave é a perda de informações disponíveis ao usuário referentes ao risco agregado, pois, na maioria dos casos, o usuário precisará também dos dados desagregados do risco.
Como agregar o risco individual?
O passo mais óbvio é amalgamar a probabilidade da exposição e a probabilidade condicional da morte consequencial. Se todas as mortes puderem ser consideradas iguais, esta amálgama fornecerá uma determinação da probabilidade de morte atribuível.
Qual o principal problema em agregar o risco individual?
O usuário do risco estabelecido nem sempre considerará as alterações na probabilidade da exposição e as alterações na probabilidade condicional de morte como sendo de importância igual. Quando ocorre a exposição de um indivíduo, de pequena probabilidade e magnitude elevada, haverá consequências administrativas e reguladoras que não ocorreriam se a exposição fosse menor, mas de probabilidade maior.
Seria correto afirmar que os riscos sociais são mais complexos do que a simples soma de riscos individuais? Por que?
Os riscos sociais são mais complexos do que a simples soma de riscos individuais, pois:
- a sociedade tende a considerar a redução das consequências de um acidente como mais importante do que a probabilidade do acidente, possivelmente porque a redução de consequências é mais facilmente observada;
- a sociedade também reage de forma mais veemente a várias mortes observáveis associadas a um único evento do que a um número total maior de mortes causadas por eventos isolados;
- quase todas as mortes resultantes de exposição acidental à radiação não são individualmente identificáveis como atribuíveis ao acidente;
- são introduzidos outros problemas pelos diferentes tipos de consequências que podem sobrevir de um acidente.
OBS: Devem ser comunicados em separado os efeitos à saúde, a reação às contramedidas e as consequências econômicas.
Qual é o problema no caso da probabilidade de morte atribuível apresentar adequadamente o risco de fatalidade?
Não existe uma permuta simples entre a probabilidade da exposição e a probabilidade de consequências biológicas proveniente dela.
Em que casos a probabilidade de morte agregada pode ser uma representação adequada do risco de fatalidade?
Quando as exposições, caso ocorram, não são suficientemente grandes para causar consequências reguladoras ou administrativas.
Por que na agregação frequentemente utilizada no tratamento do risco social a expectativa matemática é muito diferente do valor que provavelmente ocorrerá?
Esta agregação multiplica a probabilidade por unidade de tempo (taxa de probabilidade) de um evento, como um acidente, pelo número médio de mortes que deverão resultar do evento caso ele ocorra. Isto fornece a expectativa matemática do número de mortes por unidade de tempo. A expectativa matemática é muito diferente do valor que provavelmente ocorrerá.
Exemplo: um acidente com taxa de probabilidade de 10-3 por ano e uma consequência média de 1000 mortes produz uma expectativa matemática de uma morte por ano. Porém, os únicos resultados possíveis em um ano serão ou nenhuma morte ou cerca de 1000 mortes, sendo o resultado mais provável em qualquer ano, de nenhuma morte.
Quando é útil a expectativa matemática?
A expectativa matemática é útil somente se o período de tempo de interesse (tempo de observação) for muito maior do que o intervalo de tempo médio entre os eventos, e desse modo apenas se houver interesse na taxa média de mortes.
Qual a conclusão do INSAG 9 acerca da agregação de medidas das consequências de acidentes?
Esta agregação tem valor limitado pois na maioria das circunstâncias ela deve ser complementada por informações não agregadas mais detalhadas que de outra forma ficariam ocultas.
As informações não agregadas incluem muitas características que requerem um amplo intervalo de julgamentos diferentes. Não há um critério único pelo qual poderia ser julgado todo o intervalo de consequências.