Programas de Otimização

Dose coletiva

A dose coletiva foi introduzida em 1970 para servir como base para restringir o crescimento não controlado da exposição a radionuclídeos de meia vida longa no ambiente em comunhão com o desenvolvimento da indústria de potência nuclear, o que facilitaria a introdução da análise custo-benefício proposta naquela ocasião para por em execução o princípio da otimização.


Três definições de dose coletiva enunciadas pela CIPR:

  • É uma medida da exposição à radiação advinda de uma fonte em um dado grupo da população.
  • É a integral da distribuição das doses individuais dentro de um dado grupo da população.
  • É o produto da dose média individual do grupo exposto pelo número de indivíduos que constitui o grupo.

A dose coletiva é utilizada como um indicador do desempenho para caracterizar a exposição total associada à operação da instalação durante um período de tempo fornecido, ou para um tipo de trabalho especificado. Para o propósito de comparação entre as opções de proteção no processo de otimização ela nem sempre é suficiente para a exposição laboral, para caracterizar a distribuição de dose individual quando existem grandes diferenças nas dimensões das exposições individuais dentro do grupo exposto. Neste caso, devem ser realizadas considerações de equidade de ambas as doses, individual e coletiva, associadas à distribuição da exposição.


De acordo com a publicação 101 da CIPR, a dose coletiva pode ser uma entrada útil no processo de otimização quando as distribuições de dose individual são relativamente homogêneas, bem definidas e envolvem a exposição do público. Entretanto, apresenta um problema:

Dependendo da fonte, o impacto radiológico pode ser mais ou menos espalhado geograficamente (do impacto local ao regional e, em algumas circunstâncias, ainda em áreas maiores) e no tempo (de curta duração à duração média ou, algumas vezes, à longa duração) e cobrindo um grande intervalo de doses individuais. Nestas situações, ainda que as doses coletivas possam ser estimadas nas hipóteses das rotas, os valores destas estimativas de dose coletiva para decisões de proteção são limitados.

 

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