Exposições Potenciais

Histórico a respeito da exposição potencial

Histórico a respeito da exposição potencial

O termo “exposição potencial” apareceu primeiramente no relatório NEA (NE84) – discutindo a proteção às radiações no longo prazo para rejeitos radioativos – e na publicação ICRP 64. Apenas então, a Safety Series 104 do OIEA promoveu uma discussão mais elaborada sobre o assunto.

OIEA SS 104 (1990) - As exposições potenciais são tratadas como um prolongamento da proteção às exposições normais, entretanto, esta publicação conclui que o procedimento para traduzir os princípios estabelecidos pelo ICRP da justificação e otimização, assim como o princípio de limitação de risco individual, não se dá de forma direta, mas não fornece recomendações específicas.

ICRP 60 (1991) – Fornece a base conceitual introduzindo o primeiro passo para o desenvolvimento de uma estrutura conceitual para a proteção às exposições potenciais.

ICRP 64 (1993) – O objetivo deste relatório é a elaboração dos princípios e objetivos das recomendações da CIPR que dizem respeito à exposição potencial; explicar conceitos básicos, terminologia e metodologias associadas com a aplicação das recomendações e fornecer orientações gerais sobre sua aplicação prática.

INSAG 9 (1995) – Discute e disponibiliza informações sobre a segurança nuclear em geral no que tange às questões de importância internacional; identifica questões em curso e elabora conclusões com base nos resultados das atividades; fornece conselhos sobre troca de informações e / ou esforços a mais que se fazem necessários; formula os conceitos.

NEA/OECD N84 (1995) – Analisa o estado do conhecimento em exposições potenciais, articulando as diversas publicações até aquele momento.

ICRP 76 (1997) - Apesar de algumas publicações do ICRP recomendarem que a exposição potencial deve ser tratada juntamente com a normal, esta publicação assume que em grande parte das situações isso não é possível, uma vez que a exposição normal toma por base os limites laborais, enquanto na exposição potencial devem ser consideradas as doses mais elevadas do cenário.

“Os métodos para a otimização da radioproteção variam do simples bom senso à técnicas quantitativas complexas (ver publicações 37 e 55; CIPR, 1983; 1989). A otimização da proteção às exposições potenciais, continua em grande parte, sem solução, especialmente quando as probabilidades são pequenas e as consequências são grandes (NEA/OECD, 1995). Embora este relatório equacione conceitualmente os riscos advindos das exposições normais e potenciais, é difícil a otimização formal simultânea da proteção contra os dois tipos de exposição. Entretanto, o uso de dispositivos de proteção contra exposições potenciais, de acordo com o que foi esboçado aqui, já inclui um elemento de otimização. Além disso, o risco referência utilizado neste relatório, corresponde ao risco associado às doses laborais mais elaborada em uma operação otimizada e não ao risco associado a uma dose no limite de dose laboral. Também, a proteção ótima contra exposições potenciais não é necessariamente alcançado no mesmo valor de risco da proteção ótima contra as exposições normais. Isso porque os custos da redução dos riscos advindos de exposições normais e potenciais podem ser bastante diferentes.” (seção 62)

Embora a publicação ICRP 76 reconheça que esses dois temas deveriam ser tratados separadamente, não fornece recomendações específicas.

 

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