Programas de Otimização

Implantação eficaz da otimização

O processo de otimização da proteção radiológica necessita de transparência em virtude da natureza julgadora e para tanto:

  • Devem ser apresentados e definidos claramente todos os dados, parâmetros, hipóteses e valores que entram no processo da otimização.
  • Deve-se supor que é fornecida toda a informação pertinente a todas as partes envolvidas e que a rastreabilidade do processo de tomada de decisão é adequadamente documentada, visando uma decisão informada.

No patamar operacional deve ser estabelecida uma estrutura organizacional para formalizar um diálogo entre as disciplinas profissionais envolvidas em uma operação, incluindo os coordenadores, os grupos que trabalham ou os comitês e diagnosticar se a estrutura resultante é ou não exclusivamente dedicada à otimização.

A implementação eficaz da otimização da proteção radiológica exige o comprometimento de todas as partes pertinentes indo das autoridades aos indivíduos expostos. Os principais elementos exigidos para se obter este comprometimento são:

  • A colocação da otimização da proteção radiológica nos regulamentos, a boa vontade para obrigá-la e o fornecimento de guias com um balanço adequado entre o diálogo e o controle (autoridade).
  • A definição de uma filosofia radiológica, estabelecendo as metas gerais, desenvolvendo-se e aderindo-se aos procedimentos, delegando responsabilidades, colocando meios e recursos e mantendo a independência dos profissionais de proteção radiológica daqueles da operação (gerência operacional).
  • A repartição da informação, mantendo uma atitude vigilante, treinando e retreinando e um aumento consistente em proteção radiológica (indivíduos).

O princípio “BATNEEC” foi introduzido em 1992 na Conferência do Rio, como princípio organizacional central da filosofia ambiental internacional, desenvolvimento sustentável. Ele focaliza as emissões ambientais no setor não radiológico deslocando-se dos padrões de emissão guiados para a saúde em direção à redução ou, sempre que praticável, à eliminação das emissões na fonte. A CIPR aconselha que seja aplicado esse princípio e suas técnicas na liberação de efluentes radioativos, isto é, o objetivo da proteção deve estar focado na redução da emissão em vez da redução do efeito à saúde/ probabilidade do efeito, pois com as devidas considerações dos fatores sociais e econômicos, encontra-se próximo das recomendações da Comissão de manter as doses ALARA.

 

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