Programas de Otimização

Outras considerações e recomendações internacionais sugeridas pelo OIEA

Análise custo-benefício diferencial aplicada a uma fonte e a uma população local

Na análise custo-benefício diferencial aplicada a uma fonte e a uma população local a equação matemática que fornece a solução analítica é:

 

em que:

  • XA é o custo de proteção da opção A
  • XB é o custo de proteção da opção B
  •  é o compromisso de dose efetiva coletiva da opção A no grupo k
  •  é o compromisso de dose efetiva coletiva da opção B no grupo k

A equação deve ser aplicada até que o grau de proteção B iguale o valor de alfa ou se torne maior e neste último caso a solução ótima será a opção de proteção anterior, isto é, aquela que representa a relação mais próxima ao α, mas com um valor menor.

Determinação da espessura otimizada de uma blindagem para uma fonte de radiação

Na determinação da equação matemática que determina a espessura de uma blindagem plana para uma fonte de radiação, é utilizada a técnica de análise custo-benefício diferencial e as hipóteses utilizadas são:

  • A taxa de dose efetiva máxima,  m≤EL em que  m é a taxa de dose efetiva máxima com uma determinada espessura da blindagem e EL é o limite de dose anual.
  • A razão, S, entre a taxa de dose efetiva máxima m  e a taxa de dose efetiva média, , permanece constante com a diminuição das doses.

Cálculo da dose coletiva e do detrimento na população do globo

Não pode ser realizada uma otimização da proteção sobre todas as fontes de radiação do globo terrestre. A otimização só pode ser efetuada individualmente para cada fonte ou conjunto de fontes que se encontrem no mesmo sistema de proteção. O que pode ser determinado são a dose coletiva e o detrimento na população do globo efetuando uma somatória sobre as doses coletivas e detrimentos de cada fonte ou conjunto de fontes otimizadas.

Considerações para a demanda energética futura

Para a futura demanda energética com relação à otimização da proteção, devemos considerar dois casos:

  1. As fontes encontram-se em fase de planejamento e, portanto, tanto a fonte como a sua localização já são conhecidas
  2. As fontes foram previstas para o futuro, a longo prazo e, portanto, vão depender do desenvolvimento tecnológico e econômico futuro e dessa maneira ainda não foram objeto de uma decisão quanto à sua localização.

Inicialmente deverá ser realizado o que segue:

  • No caso “a” a análise custo-benefício diferencial escolheria os grupos de população, Nk, que deveriam ser considerados, identificaria a pessoa representativa para tornar ótima a liberação de material radioativo no ambiente, isto é, determinaria, além de Nk, a  , a    e verificaria se Ek, MaxLAMA.

No caso “b” identificaria os lugares de localização ótima baseado na otimização da liberação de material radioativo em setores do ambiente, geralmente grandes e com pouca densidade populacional. No estudo global, para ambos os casos, também devem ser considerados outros critérios como o econômico, o social, o político, etc.

 

Recomendações internacionais sugeridas pelo OIEA

Limites de dose que o OIEA recomenda para a população, originada da potência elétrica nuclear instalada atual e futura:

Uma dose efetiva anual média sobre a população de um país, Ēp≤0,3mSva-1 e uma dose efetiva máxima anual de 1mSva-1.

Em virtude da localização de alguns reatores nucleares de potência fornecerem doses coletivas a países vizinhos que não levam os benefícios da produção, o  OIEA recomenda aos países afiliados que prevaleçam as normas regulatórias do país onde está instalada a fonte.

Pelas recomendações da CIPR e do OIEA, foram divididas as doses individuais médias anuais em cada país e no globo terrestre com relação às aplicações pacíficas da energia nuclear:

  • As doses anuais médias de cada país originadas da potência elétrica nuclear instalada não deve ultrapassar o valor de 0,3mSva-1.
  • As doses anuais médias de cada país originadas de todas as aplicações pacíficas da energia nuclear, exceção feita aos reatores nucleares de potência elétrica, não deve ultrapassar 0,2mSva-1.
  • Os demais 0,5mSva-1 para se alcançar o limite anual do público sejam deixados para a futura demanda.

 

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