Programas de Otimização

Distribuição da dose no tempo

Distribuição da dose individual

Quando a distribuição das doses individuais ou as doses máximas ou médias individuais for considerada como um atributo (fator) no processo de otimização da proteção radiológica, ela pode ser expressada em diferentes intervalos de doses individuais ou como uma porcentagem com relação ao limite anual pertinente.

Distribuição da dose no tempo

Em alguns casos podemos truncar a distribuição de doses em função do tempo transcorrido considerado como atributo (fator) no processo de otimização da proteção radiológica:

  • Quando a distribuição de doses após um determinado tempo for comum a todas as alternativas ou quando não for mais possível distinguir as diferentes opções de proteção.
  • Quando a taxa de dose coletiva, que pode ser usada como um discriminador entre as opções de proteção, apresentar grandes incertezas dificultando a distribuição entre as opções de proteção.
  • Quando a distribuição no tempo da taxa de dose coletiva apresentada como uma das componentes que leva à decisão, mostrar que existem razões associadas com a percepção da importância social das doses em diferentes períodos de tempo. Essas razões vão impor ao tomador de decisão, dar diferentes elementos de ponderação a elas, em sua decisão.

Probabilidade de que as doses sejam recebidas

Para expressar o risco da exposição potencial para ser usada no processo da otimização da proteção radiológica, a CIPR sugere a seguinte equação matemática:

dR = P (D) d D P (EFF/D)

onde

R representa o risco à saúde
P(D) é a densidade de probabilidade da ocorrência
P (D) d D é a probabilidade de início do evento que dá origem a uma dose entre D e D+dD
P (EFF/D) é a probabilidade de ocorrer um efeito grave, resultante da dose D, no indivíduo ou descendente.

Entre a probabilidade de ocorrer um efeito grave à saúde, na exposição potencial, e a dose recebida pelo indivíduo, a CIPR sugere as seguintes relações:

  • Uma relação proporcional (linear) na região estocástica até cerca de 1Sv.
  • Uma relação não proporcional para o intervalo em que podem ocorrer efeitos determinísticos, isto é, de 1-2 Sv até 5-10 Sv.
  • Probabilidade constante no intervalo de dose letal.

Alguns problemas que podem surgir no processo de otimização para situações de exposição potencial:

  1. Na região determinística deve-se conhecer a distribuição de doses em detalhes para se poder avaliar o risco.
  2. Quando se puder atribuir probabilidades de ocorrência da situação potencial e calcular os seus impactos, deve-se considerar tanto a sua probabilidade como a sua consequência.
  3. O detrimento que corresponde a uma dose coletiva não é um dado suficiente para o processo de otimização, principalmente quando a probabilidade é pequena e a consequência é grande.
  4. Deve-se dar importâncias diferentes aos valores esperados quando o intervalo de variação está próximo ao valor médio e quando o intervalo é muito grande com relação ao valor médio.
  5. A apresentação das consequências torna-se complicada, uma vez que pode ter muitos pontos finais, incluindo efeitos agudos à saúde e interrupções, como aquela causada por evacuações das áreas.

 

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