Conclusão 4

Problema: Eventos de probabilidade muito pequena e longos prazos de observação.

Conclusão 4.
Uma questão recorrente neste grupo de discussão sobre a exposição potencial é como caracterizar e tratar o risco coletivo. O tema surgiu durante as discussões sobre consequências, tratamento de situações de eventos de pequena probabilidade, objetivos de segurança e aspectos de longo termo no tratamento de rejeitos radioativos. As razões para as dificuldades em resolver esta questão estão descritas em detalhe no INSAG 9. Embora não haja uma conclusão clara deste grupo de experts, talvez haja diferenças fundamentais entre disciplinas no relacionamento da exposição potencial ao detrimento coletivo e como cada um deve ser considerado para se alcançarem as decisões de segurança.

ICRP 64 – (seção 15)

Uma abordagem mais abrangente do detrimento coletivo resultante das exposições potenciais é utilizar a análise multiatributo. Cada característica (atributo) das opções disponíveis deve ser identificada e quantificada até um grau viável. Isto obviamente deve incluir não apenas a probabilidade de morte atribuível, mas também outros fatores como separação social ou quebra econômica temporária ou a longo prazo resultante da evacuação ou realocação. A cada atributo é então associado um grau de ponderação que, julga-se, representa sua importância. Os atributos ponderados podem então ser agregados de forma a fornecer um número de mérito ou comparados individualmente com atributos ponderados das outras opções. O resultado final é uma base, em parte quantitativa e em parte qualitativa, para atribuir detrimentos para as opções alternativas de segurança.

INSAG 9 – (seções 51 e 52)

É preciso considerar tanto as probabilidades do evento como a completa descrição das consequências potenciais para julgar o grau de segurança. As técnicas necessárias, em princípio, estão disponíveis e são utilizadas para se tomar decisões em outras áreas. Porém, sua utilização em segurança nuclear tem provado ser difícil, principalmente por causa da complexidade das consequências sociais de acidentes e da complexidade das próprias usinas. Em vista destas complexidades, também vale a pena considerar se poderia ser selecionado um critério mais simples, embora mais grosseiro, de risco coletivo. O risco coletivo é uma combinação do risco individual e do número de indivíduos sob o risco. É apenas parte do risco social e, tanto quanto como risco individual, teria que ser complementado por outros critérios.

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